segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Lento

Não consigo ouvir os pensamentos que me rondam, pois os teus olhos azuis ocupam todos os meus sentidos. Diminua um pouco a luz, quero ver o brilho que tua pupila lança para meu peito, que se rasga com a força desse raio que bateu em terra e fez de mim, a tua vítima.
 
No teu rosto, aquela linda e velha mensagem de amor, acalentando o que a noite uiva para o os ouvidos estranhos, me poupando rimas e metáforas, apenas sendo real naquilo que se deve fazer. Pode me dar razão ou não, mas foi ao teu lado que descobri como se compassa um coração. Coração este que bate louco, enquanto o teu rouco invade meu pequeno lar.
Cuida do meu riso, que trato de alimentar seu peito. Limpa o céu que abrigo teu carinho. Abra meu caminho, que te resumo ao meu tudo. Nas estradas te carrego pela mão, mesmo que descalços ou usando aquele velho all star azul, sei que não será estranho que eu confesse que você é a paixão que sonhei naquele dia que te acordei apenas para dizer “amo você”. Creio que nem Fräulein foi tão vollständige ao lado de teu supremo l’amour.
No fim tudo dá certo, mesmo quando tudo nunca teve porquê de estar errado. Deve ser porque você me completa, como aquele arroz que faz monte com aquele feijão.

 

Autor : Cristian Arnecke Schroder