terça-feira, 8 de março de 2011

Tempestade astral


Escuto os pingos da chuva batendo contra minha janela. Meu rosto permanece do mesmo jeito que a nostalgia trazida pela chuva chegou a mim.
A vida é tão breve, porque nos preocupamos com tudo o que não podemos alcançar ? Porque ter um sorriso interrompido por uma nuvem de lágrimas sobre minhas pálpebras ?
Essa sensação de estar vazia mesmo estando cheia, é a pior coisa que posso sentir, é a pior coisa de se curar. A angústia de querer preencher o vazio dentro de mim, só me mostra que, só serei preenchida daquilo que o acaso de minha vida, proporcionar. Quanto mais procuro, mais me perco, mais me deixo levar pela nuvem que cobriu meu céu de cor anil.
Deitada em minha cama, vejo as nuvens, que se movimentam de acordo com o ventania, de acordo com seu mestre, logo pensei “ Porque não me deixar levar pela vida ? Porque não vivo um momento de cada vez ?” . Simples, sou humana, sofro por antecipação, perco aquilo que nunca tive , me vejo grande diante a todos porém me vejo rebaixada a uma sensação que nem eu mesma sei definir, um sentimento que não existe solução, uma coisa que não sei viver, muito menos dizer .
Espero deitada em mim, as respostas para tantas perguntas, espero um dia saber perguntar antes de responder, espero um dia saber viver.
É assim que eu vivo, de tempestades em tempestades.

Mariie Charlott

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