sexta-feira, 25 de março de 2011

Um Cravo diante as Rosas


Numa ciranda em roda, roda tudo aquilo que vi passar diante dos meus olhos. A mão que une e me cerca dentro desta ciranda de lembranças, é a mesma que me fazia carinho e me segurava das quedas, antes que o muro de olhares alheios fosse voltado para nós.
Amor límpido, amor insípido e amor sincero. Porque atirar vossos espinhos em nós, que não temos culpa de amar ao semelhante ? A rosa que cultivamos, está destruída pelo ardor dos olhos daqueles que nos julgam pelo simples parecer. O que poucos sabem, que o parecer ser é diferente de ser.
Posso sorrir, posso viver e  acima de tudo, encontrei em meu semelhante, alguém que me complete e me faça sorrir a cada trovão dessa tempestade de pré conceitos impostos na sociedade.
Sua mão afaga meu corpo que machucado de tantas pedras, cai em teu colo para enfim descansar. Meu rosto estampa a tristeza de uma minoria que procura a liberdade e a aceitação de terceiros, para enfim poder mostrar a esta ciranda, a catinga de amor feita por cada um.
Me abrace, sinta em minhas batidas do coração, o motivo de ser feliz, sinta através de meus olhos que sempre estarei segurando tua mão a cada ciranda.
Meu peito sempre estará aberto para plantar vossa rosa, encontre no meu jardim aquilo que procuras e então, descanse em nós. Pois, mesmo com o muro de olhares alheios, nós sabemos que somos capazes de amar, amar até mesmo o impossível, de amar até mesmo o inaceitável, capaz de amar você.

Autor : Critian Schröder

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