terça-feira, 5 de julho de 2011

A estação


Posso não ser bom em palavras recitadas, mas o coro que me impulsiona jamais se calará . Em sinfonias quebradas dentre tantas notas musicais, a vida segue fora dos trilhos para quem um dia já a quis pilotar.
Os pássaros voam de contra ao vento, assim como, meu coração bate forte quando esbarro na indecisão. Fechar os olhos e respirar fundo, de nada mais me adiantam, uma vez que minha esperança se perdeu em vida .
Pedaços que restaram ao chão, do que um dia me foi de direito, cobrem o andarilho que meu trem descarrilou. Ferros amassados, pessoas gritando de dor, confusão e um vento frio. É o que me resta ao fim de tudo .
Fim, uma palavra que não existe para um fracassado, pois, assim como os pássaros não desistem de continuar a bater suas asas contra o vento, um perdedor jamais desacredita em um novo amanhecer.
O calor dos raios que me tocam ao nascer do sol, exclui do meu horizonte a neblina que mesmo ingênua em seu existir, me fazia perder a visão para aquilo que um dia quis enxergar e não mais podia .
Já desisti de tudo, sem antes ter tentado alcançar algo. Já enxerguei o claro em escuridão fosca de pessimismo.
Hoje, encontro em um luar, o motivo de rir em prantos passados, para que um dia, a lágrima quente que desce em meu rosto, se transforme esperança, para enfim, poder amanhecer .

Autor: Cristian Schröder

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