quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Auto Biografia

Difícil de se falar de algo que nem ao menos conheço, de algo que não posso ver com meus próprios olhos, de algo que me deixa com medo. Só sei que nada sei de mim, e tudo o que sei, se torna inútil em meio de tanta futulidade e vestígios de algo, que um dia poderia se considerarado caráter.
Guardo em minhas memórias tudo aquilo que um dia vivi, e tudo aquilo que um dia quis passar a viver. Oportunidades, falsidades, mentiras, começam a fazer parte de minha rotina. Passo a ter medo de tudo aquilo que me cerca.
- Hei, volte! Minha vida está contigo!- Foi assim que me referi aquela pessoa, que leveu meu coração consigo prometendo um dia voltar.
Um dia, um novo adeus, porque tudo parecer ser difícil ? Passo pelo muro que antes grafitado de alegria, com leves tons de esplendor flamejando meus olhos verdes, e percebo as cores desbotando, nada mais é como era antes. O mundo se tornou grande para mim, a solidão de ser apenas mais um no mundo começára a me consumir aos poucos. Me ponho a chorar, me ponho a me perguntar qual o sentido da vida? Será que sou apenas mais um fantoche neste teatro de aberrações manipuladas pelo capitalismo eloquente ? Será que nasci para ser mais um em meio de todos ? .
Posso não ser o diferencial para alguém, mais o que me completa é aquilo que não me alimenta, o que me deixa erguido é aquilo que jamais pude tocar. Mãe, pai , me deixem voar, me deixem seguir o caminho que alguém ja traçou para mim, me deixe provar que um dia ainda voltarei para o ninho, ouvindo assim o vosso elogio e  o grito de dever Cumprido.

Autor: Cristian A. Schröder

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