segunda-feira, 18 de abril de 2011

Vagaroso

Vagarosas são as gotas de chuva, que tomam meu corpo aos poucos. Aos poucos, meus passos se tornam cada vez mais pequenos, pequenos como o céu escuro de uma manhã de outono.
Hora de se apressar, vem chegando a nuvem trazendo o vento frio da realidade, destruindo minha torre de sonhos construídos em uma base de ilusão.
Caio perante teus pés, termino em sua simplicidade e começo em sua vaidade.
Corro para a casa de onde jamais deveria ter saído. Lanças de pontas avermelhadas, indicam o olhar entrelaçado de sua inveja com a sua hipocrisia.
Sigo a luz do seu ego, na esperança de encontrar aquele que imperou em meu castelo, reinando com a sua coroa em meu pulsar involuntário. Esqueça o que o vento levou pra longe, segure a corda, irei te reerguer. Seja o último de muitos, seja aquilo que completa meu lacrimejar diante o mundo de essências que tenho.
Deixe ser, deixe estar, deixe criar, deixe-se amar, deixe-me te levar, deite-se aqui, abraça-me por aqui, me ame sem precedentes, me beije sem medo, suspire em meu ouvido, segure minha mão, não me soltes, me prometa , me queira, seja quem eu queira que sejas, me embale , me carregue e por mais impossível que seja , não me abandone jamais .

Autor: Cristian Schröder

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