sábado, 30 de abril de 2011

Tormento da mão alheia



A cama se torna pequena para dois corpos dividirem o mesmo espaço. Seu suor escorrega pelo meu ombro, em um movimento retilíneo uniforme. Sobre meu peito fantasias tomam conta de sua cabeça, me levando para onde jamais estive.
Reviro meus olhos em um símbolo de prazer inestimável, deixando meu luxo de lado, embarcando em seu corpo, sendo guiado por suas mãos e sua língua .
Não controlo meus extintos, deixo-me levar por aquilo que julgo desconhecido porém sei melhor que ninguém onde irá acabar. O toque de suas mãos, me arrepia e me retira do chão, fazendo levitar para cima de você .
Em movimentos repetitivos, mostro todo o poder que posso exercer sobre seu corpo. Algemados em dois corpos, unidos por um órgão.
É tudo tão mágico, tudo tão instigante. Sua boca passeia por meu corpo, estacionando em um leito escondido de mutua fragilidade e prazer, me fazendo entoar cantos de delírios .
Aumentando minha respiração aos poucos, conseguistes arrancar de dentro de mim, o que quis desde o início.
Com roupas no chão e nossos vestígios de uma noite de amor estampados em nossos corpos, o suor e o cansaço tomam conta de nosso físico e a vontade de prosseguir instiga nossas almas.
Após um banho, apenas a lembrança, para assim, recordar o toque de suas mãos , com as minhas.

Autor: Cristian Schröder

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