domingo, 24 de abril de 2011

Valsa de dois pés

Encantamento desdobrado em especulações. Olhares que se perdem na direção de um caminho, que mesmo longo, haverá de chegar.
Como um filme que pausa em 3 minutos, seu olhar penetra em minha alma, bailando em ritmo de ninar. Teu pulsar, entoa um canto lírico, sereno e misterioso. Canto que fascina por conduzir as mãos do maestro que me torno diante teu corpo.

Suspiro que me faz escutar a voz da involuntariedade contida em seu coração, é o mesmo suspiro, que faz com que me entregue em teus braços.
Repouse em meu jardim de inverno, floresça o sorriso do seu rosto, derreta o gelo do meu chão, caia em mim para repousar em você.
O cisne que dança pelos nossos corpos entrelaçados, une dois céus de constelações vermelhas entre nossos dentes. Faz com que meu paladar se perca diante tanta majestosidade.
Olhar incerto, revela a insegurança contida em sua mente. Pulsar acelerado, escancara o querer perdido diante seu ser.
Não tenhas medo, se aproxime de minhas mãos, segure em meus dedos, confie em meu pés calejados de andar em terrenos argilosos e ásperos. Deixe-me conduzir a valsa deste soneto construído por um nós que ainda é inexistente. Sejas primavera em meu outono, sejas eu em você.

Autor: Cristian Schröder

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