domingo, 3 de abril de 2011

Noite sem cor

No crepúsculo dessa noite sem cor, os olhos de esperança se mostram aflitos. Arregalados olhos, que de tão expressivos se tornam singulares diante tantos plurais.
Teu singular contagia o cinza do céu sem luar, do céu sem estrelar. Deitados sobre a grama, construímos um céu de ilusões passageiras, aproveitando o horizonte sem cor diante nosso olhar, para provar que mesmo sem o luar, eu consigo olhar e tocar em teus olhos e neles enxergar a lua que existe dentro de você.
Lua que me persegue em pensamentos, que se faz presente mesmo quando a neblina é intensa, aquela Lua que me faz adormecer em mim e acordar em ti, que te faz sonhar em nós e despertar ao meu lado.
Lá está ela, ressurgindo em meio as nuvens, me dê tua mão, me segure como uma algema, me guie diante este fim sem cor que está nos cercando.
Quando se tornar inalcançável diante as pontas de meus dedos, prometo que olharei para o lado e lembrarei do teu riso sobre meu colo, como se fosse a última coisa que meus olhos gravassem nesse amanhecer de dois em um .

Autor: Cristian Schröder

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